Sua imaginação é o limite
21/out/2009
Categorias: Minha História
Norberto Giangrande Jr.
Desde pequeno, meus pais me ensinaram a guardar dinheiro. Tudo que sobrava da minha mesada ia para a poupança. Aos 10 anos, porém, tive contato com um tio que era dono de uma corretora de valores. Suas histórias despertaram minha curiosidade e, como sempre gostei de ler, comecei a acompanhar a página de finanças dos jornais que me pai assinava.
Lá pelos 14 anos, resolvi finalmente tirar todo meu dinheiro da poupança e investir em um fundo de ações, através de meu banco. Não tinha ideia do que era a Bolsa, mas sabia que um investimento em ações era de longo prazo. E olha que meu investimento inicial dava apenas para comprar um quarto de uma bicicleta!
Em tempos de inflação galopante, com taxas de juros de 80% ao mês, era difícil querer comprar uma ação. Mas como eu já tinha algum conhecimento de economia, sabia que o país não suportaria taxas tão altas por muito tempo. Já as boas empresas, essas sim, teriam uma perpetuidade maior. Afinal, para uma empresa crescer, ela precisa ter mais retorno do que a taxa de juros. Senão é melhor vender a empresa inteira e voltar o dinheiro para a poupança!
Depois de 4 anos de investimento na Bolsa, a economia deu uma subida muito forte com o começo do Plano Cruzado. Tinha acabado de entrar na faculdade, fui estudar em Piracicaba e queria comprar uma bicicleta. Saquei o dinheiro que estava aplicado em fundos. Dava pra comprar três bicicletas.
Na faculdade de Agronomia, comecei a ter contato com commodities agrícolas e, consequentemente, com o mercado de derivativos e futuros. Na cadeira de Economia Agrícola, havia muitas palestras da BM&F sobre o assunto. Quando me formei na pós-graduação em administração e já de posse de um MBA em finanças, fui parar no mercado financeiro.
Comecei a trabalhar em uma corretora, operando mercado de soja. Tinha um conhecimento prévio como curioso, mas foi lá que aprendi tudo de matemática financeira, operações estruturadas, opções, etc. Nunca fui um grande analista de empresas, mas me baseava em recomendações e deixava meu dinheiro aplicado em ações, sempre pensando no longo prazo.
O lado ruim de qualquer investimento de longo prazo, claro, é precisar daquele dinheiro. Em 1996, comprei 4 ou 5 ações por um preço médio ao redor dos seis reais. Eram como jóias pra mim! Só fui vender, com dor no coração, em 1998, quando saí da casa dos meus pais para montar a Link Investimentos. Mais tarde, alguns daqueles papeis chegaram a valer R$ 130,00. Eu podia ter ganhado uma fortuna, mas fui vítima da “perda momentânea de liquidez”, um dos piores inimigos de qualquer investimento a longo prazo. Nesta situação, você é obrigado a vender seus ativos ao preço que outros querem comprar, e não ao preço que você quer vender. Pelo menos, no caso de ações, o preço é transparente pois a Bolsa negocia todos os dias.
Meu plano era usar as minhas reservas para me manter nos primeiros meses da Link, até a empresa dar lucro e começar a distribuir resultados. No final das contas, demorou um ano e meio para fazermos nossa primeira distribuição de resultado, pois sempre tivemos a política de reinvestir boa parte de nossos lucros no nosso próprio negócio. Voltei a montar outra carteira só depois de uns 3 anos.
Aprendi que um investidor só enfrenta dificuldades no mercado de ações nas seguintes situações:
* Se comprar ações de uma empresa ruim. Afinal, caso aquela empresa venha a quebrar, o investimento vai virar pó.
* Se estiver especulando. Quando a pessoa visa lucro rápido, via de regra realiza um possível prejuízo em no máximo 2 ou 3 dias.
* Se apavorar em um momento de crise. De 2 em 2 anos, acontecem altos e baixos normais no mercado de ações. É preciso ter paciência.
Os dias ruins nos mercado de ações devem ser encarados como oportunidades únicas de aumentar seus investimentos, pois várias empresas podem estar sendo vendidas a preços bem baratos. Quem não tem dias ruins na vida pessoal? Todos têm, e eles passam. No mercado de ações, para boas empresas, é igual!
Durante a crise do ano passado, tivemos a maior participação de pessoa física da história, chegando a ser maior do que a de investidores estrangeiros. Depois de anos investindo no mercado de ações, o modo como você lidará com crises é o que vai incluí-lo no grupo de investidores de sucesso ou não. Muita gente aproveitou a oportunidade em 2008 e é esse comportamento que fará toda a diferença.
Se você aprender o que move os mercados, estudar e entender a estrutura das operações, com certeza vai se tornar um investidor bem sucedido. O mercado de ações é o único em que a sua imaginação é o limite. Só depende de você.
Caso de Sucesso: BRADESCO
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Salvar o Planeta?
"Como podemos ser tão arrogantes? O Planeta é, foi e será sempre mais forte que nós. Não podemos destruí-lo; se ultrapassarmos determinada fronteira, ele se encarregará de nos eliminar por completo da superfície, e continuará existindo. Por que não começam a falar em 'não deixar que o planeta nos destrua'?
Porque "salvar o planeta" dá a sensação de poder, de ação de nobreza. Enquanto "não deixar que o planeta nos destrua" é capaz de nos levar ao desespero, à impotência, à verdadeira dimensão de nossas pobres e limitadas capacidades. Mas enfim, isso faz parte do ser humano, sempre poderoso...
O Vencedor está Só
(Paulo Coelho)
Porque "salvar o planeta" dá a sensação de poder, de ação de nobreza. Enquanto "não deixar que o planeta nos destrua" é capaz de nos levar ao desespero, à impotência, à verdadeira dimensão de nossas pobres e limitadas capacidades. Mas enfim, isso faz parte do ser humano, sempre poderoso...
O Vencedor está Só
(Paulo Coelho)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Ambição e ética (Comente sua opinião)
Ambição é tudo o que você pretende fazer na vida. São seus objetivos, seus sonhos, suas resoluções para o novo milênio. As pessoas costumam ter como ambição ganhar muito dinheiro, casar com uma moça ou um moço bonito ou viajar pelo mundo afora. A mais pobre das ambições é querer ganhar muito dinheiro, porque dinheiro por si só não é objetivo: é um meio para alcançar sua verdadeira ambição, como viajar
pelo mundo. No fim da viagem você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição.
As pessoas mais infelizes que eu conheço são as mais ricas. Quanto mais rico, mais infeliz. Nunca me esqueço de um comentário de uma copeira, na casa de um empresário arquimilionário, que cochichava para a cozinheira: "Todas as festas de rico são tão chatas como esta?" "Sim, todas, sem exceção", foi a resposta da cozinheira.
De fato, ninguém estava cantando em volta de um violão. Os homens estavam em pé numa roda falando de dinheiro, e as mulheres numa outra roda conversavam sobre não sei o que, porque eu sempre fico preso na roda dos homens falando de dinheiro.
Não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter "grandes" ambições. As pessoas mais ambiciosas que conheço não são os pontocom que querem fazer um IPO (sigla de oferta pública inicial de ações) em Nova York. São os líderes de entidades beneficentes do Brasil, que querem "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil". Esses, sim, são projetos ambiciosos.
Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição. A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética. Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.
O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário. Por quê? Dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos. Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição. Monica Levinski, uma insignificante estagiária na Casa Branca, colocou a ambição na frente da ética, e tirou o Partido Democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, pelo enorme sucesso da economia na sua gestão.
Definir cedo o comportamento ético pode ser a tarefa mais importante da vida, especialmente se você pretende ser um estagiário. Nunca me esqueço de um almoço, há 25 anos, com um importante empresário do setor eletrônico. Ele começou a chorar no meio do almoço, algo incomum entre empresários, e eu não conseguia imaginar o que eu havia dito de errado. O caso, na realidade, era pessoal: sua filha se casaria no dia seguinte, e ele se dera conta de que não a conhecia, praticamente. Aquele choro me marcou profundamente e se tornou logo cedo parte da ética na minha vida: nunca colocar minha ambição na frente da minha família.
Defina sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição.
pelo mundo. No fim da viagem você estará de volta à estaca zero quanto ao dinheiro, mas terá cumprido sua ambição.
As pessoas mais infelizes que eu conheço são as mais ricas. Quanto mais rico, mais infeliz. Nunca me esqueço de um comentário de uma copeira, na casa de um empresário arquimilionário, que cochichava para a cozinheira: "Todas as festas de rico são tão chatas como esta?" "Sim, todas, sem exceção", foi a resposta da cozinheira.
De fato, ninguém estava cantando em volta de um violão. Os homens estavam em pé numa roda falando de dinheiro, e as mulheres numa outra roda conversavam sobre não sei o que, porque eu sempre fico preso na roda dos homens falando de dinheiro.
Não há nada de errado em ser ambicioso na vida, muito menos em ter "grandes" ambições. As pessoas mais ambiciosas que conheço não são os pontocom que querem fazer um IPO (sigla de oferta pública inicial de ações) em Nova York. São os líderes de entidades beneficentes do Brasil, que querem "acabar com a pobreza do mundo" ou "eliminar a corrupção do Brasil". Esses, sim, são projetos ambiciosos.
Já ética são os limites que você se impõe na busca de sua ambição. É tudo que você não quer fazer na luta para conseguir realizar seus objetivos. Como não roubar, mentir ou pisar nos outros para atingir sua ambição. A maioria dos pais se preocupa bastante quando os filhos não mostram ambição, mas nem todos se preocupam quando os filhos quebram a ética. Se o filho colou na prova, não importa, desde que tenha passado de ano, o objetivo maior.
O problema do mundo é que normalmente decidimos nossa ambição antes de nossa ética, quando o certo seria o contrário. Por quê? Dependendo da ambição, torna-se difícil impor uma ética que frustrará nossos objetivos. Quando percebemos que não conseguiremos alcançar nossos objetivos, a tendência é reduzir o rigor ético, e não reduzir a ambição. Monica Levinski, uma insignificante estagiária na Casa Branca, colocou a ambição na frente da ética, e tirou o Partido Democrata do poder, numa eleição praticamente ganha, pelo enorme sucesso da economia na sua gestão.
Definir cedo o comportamento ético pode ser a tarefa mais importante da vida, especialmente se você pretende ser um estagiário. Nunca me esqueço de um almoço, há 25 anos, com um importante empresário do setor eletrônico. Ele começou a chorar no meio do almoço, algo incomum entre empresários, e eu não conseguia imaginar o que eu havia dito de errado. O caso, na realidade, era pessoal: sua filha se casaria no dia seguinte, e ele se dera conta de que não a conhecia, praticamente. Aquele choro me marcou profundamente e se tornou logo cedo parte da ética na minha vida: nunca colocar minha ambição na frente da minha família.
Defina sua ética quanto antes possível. A ambição não pode antecedê-la, é ela que tem de preceder à sua ambição.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Você sabia?
Milho é muito mais do que alimento
O milho é um portento da natureza. Afora ser alimento precioso, dele se obtêm muitos produtos, desde a cola fina, usada em selos e envelopes, ao óleo comestível. Do milho pode-se se extrair matéria-prima para fabricar tintas, tecidos, papel, substitutos da borracha, sabão, álcool e até pólvora sem fumaça.
O milho é um portento da natureza. Afora ser alimento precioso, dele se obtêm muitos produtos, desde a cola fina, usada em selos e envelopes, ao óleo comestível. Do milho pode-se se extrair matéria-prima para fabricar tintas, tecidos, papel, substitutos da borracha, sabão, álcool e até pólvora sem fumaça.
sexta-feira, 18 de setembro de 2009
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